

2.04 - You're No Angel Yourself
Nashville parou nesse 4º episódio. E quando eu digo que parou é porque parou mesmo. As tramas referente aos plots principais não foram executadas, focando-se somente na evolução dos personagens. De fato, isto não é ruim. Mas ainda não saímos da zona inicial de temporada, tramas recorrentes e redenção para com os personagens, ainda é cedo, muito.
Dito isto, vale destacar a aparição de Maddinson que foi o Ás na manga para esse episódio (para vocês verem como esse episódio abdicou dos plots principais). Mas daí vocês chegam de mimimi e me dizem que a Maddinson é sim personagem relevante e gira em torno de plots importantíssimos na dramaturgia de Nashville. Não discordo. Muito menos concordo. Ela é o meio termo, o famoso ‘café com leite’ e, me supria o quanto ela aparecia...até agora.

Acontece que Nashville encontrou uma zona de conforto desconfortável. Explicando em linhas turvas mas é o seguinte: Revenge passou por esse problema quando resolveram dar destaque à ‘criança’ Charlotte quando ela estava em maus bocados. O mesmo ocorreu com Dana em Homeland e agora gira em torno de Maddinson em Nashville. O piegas de transformar uma criança em um símbolo de rebeldia e propensa a fazer merda já soa pífio de longe.
Essa minha oposição a respeito disso pode soar até insensível mas não vejo sentido dar mais corda para esse tipo de personagem chato e estereotipado. Maddinson resolveu brincar de Cinderela e fugir do baile. Juliette faz a fada madrinha e a resgata. Rayna vai busca-la. Agora me diz se isso é relevante com o que a gente quer saber da série? Não é.
Fiquei decepcionado com o episódio de uma maneira que eu nunca havia com Nashville e, espero eu, que a série não caia na mesma ladainha que Homeland por causa da Dana. De todas as três já citadas acima, Maddinson é a mais rebelde sem causa que dá até ânsia de vômito. Qual é a dificuldade que ela tá passando? Ok, descobriu que o pai que era pai não é pai de verdade e seu ‘tio’ é seu pai. A mãe e/ou pai estão a repreendendo por saber a verdade? Não. Estão impedindo-a de ver e falar com Deacon? Também não. Então qual é o clímax da coisa que até agora não entendi.
Outra que brinca com a tolerância do público é Juliette com suas birras por querer ser a dona de números #1s por aí. Todo o plot que a envolveu neste episódio não convenceu. Juliette é uma das poucas personagens da trama que estão estagnadas, sem evolução para algo melhor. E não vou deixar de botar lenha na fogueira quando digo que a Hayden tem uma parcela bem farta de culpa nisso.

Deacon encontra seu lado mais calmo perto de alguém que não faz o que é a pior coisa que um viciado em álcool e/ou drogas querem das outras pessoas: julgar. Já Scarlett passa por um processo de adaptação a sua vida nova, como famosa; nada relevante. E Will se encontra num impasse com Gunnar porque quer gravar a música do compositor. Eu não duvidaria nada se Will gravasse a música mesmo sem a autorização de Gunnar mas na real, eu espero que ele faça isso mesmo. Gunnar é cheio de mimimi e ficar chorando pelos cantos. Não cresce, não evolui, não mostra quem é. Isso cansa.
Para o próximo episódio eu espero que Nashville encontre seu caminho novamente com o plot sobre a voz de Rayna. É disso que o Brasil quer saber!
Por Felipe Matarazzo - @porraled
Quando as crianças são mais irritantes do que aparentam.