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3.08/3.09 - A Red Wheelbarrow/One Last Thing

Depois do Alex Gansa informar que A Red Wheel Barrow seria o fim do segundo ato, bom, botei minhas expectativas lá em cima...
 


Não inibiu a possibilidade de que eu não ficasse confuso, eu fiquei. Na review do episódio passado eu fiz uma lista de teorias e suposições do que poderiam ocorrer com o futuro da série. Hoje, com mais dois episódios compilados, fica claro o ponto obstante que os roteiristas (e, principalmente o que Alex Gansa quer). Partindo do ponto de que Carrie está na 13ª semana de gestação, com os acontecimentos e - finalmente!, o encontro entre Carrie e Brody. Dito isto, vale resgatar a ideia de que Brody é o pai da criança e Carrie sabe disso. Carrie sente uma necessidade gritante de provar a todos que Brody é inocente e, para isso, achar o responsável pela bomba em Langley é primordial. Até mesmo acabar com a missão se intrometendo em uma óbvia execução. Digo isso porque, se não fosse por Quinn, Carrie teria sim estragado toda a missão. Agora a gente se pergunta: "A troco de quê?" NADA.


Mas nem de Carrie que foi feito o episódio (e a temporada em si), foi de Saul Berrenson, não há duvidas disso. O que foi todo aquele plano de Saul com Brody? Então quer me dizer que Saul sabia TODO O TEMPO onde estava Brody? E seu plano para Brody? Genial.

 

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Saul realmente vem se mostrando um mártir em relação a genialidade. Nata. Sem escrúpulos. Um líder. O episódio em si foi de tirar o chapéu. Digno de qualquer episódio que tenha ocupado a S01. Um episódio com nome originário de um poema holandês. Um episódio sem menções à família Brody. Um episódio com Saul roubando as atenções...mais uma vez.

 

Em One Last Thing, começando o já citado 3º, a narrativa empregada nessa linearidade da bipolaridade de Carrie, a 'entrada' de vez de Brody, e Saul, bem, Saul mandando ver. Esse episódio poderia fácil ser a première dessa temporada de Homeland. Claro que tivemos algumas pontas amarradas em correlação com os episódios passados, mas, como um todo acho que seria uma boa.

Levando em conta que o plano arquitetado por Saul, de fato, está de vento em popa, não é assim tão coeso quanto ao início da temporada, em que a desmoralização da Carrie era algo que funcionaria como uma manivela para conquistar Javadi. Não sou (e nem serei na minha tese a seguir) um cético para procurar frestas em todo o plano que, coerente de fato soa mas não convincente. Taí o erro: não convence. O negócio é aceitar e partir desse pressuposto de que tudo vai caminhar linearmente e coerente para que nós nos divertíssemos. O problema de tudo foi a demora e a necessidade exacerbada de esconder esse segredo de todos. Vendo pelo produto final, o que tivemos não supriu toda a vontade que tínhamos de encontrar uma corda que nos levássemos até um ponto que, estejamos equivalentes aos roteiristas (meros viajantes) e o diretor geral (que deve sofrer constantemente de transtorno de bipolaridade ou tourette). Falo isso como uma bela de uma crítica - não soando, coerente nem na minha tese. Tudo o que falei sobre a equipe de Homeland não é literal, mas as metáforas utilizadas se equivalem assim às metáforas usadas pela própria equipe já citada em desmaterializar o contexto da série. Deixar com que nós tenhámos que colocar nosso amor pela série em prova (que de fato, os primeiros episódios chatíssimos foram um teste de tolerância) e que criássemos teses para suprir essa necessidade de nos entretermos já que, o programa não estava fazendo isso. Cumprindo com o papel.

O arco sobre a gravidez de Carrie também viaja sobre uma névoa de LSD. Taí mais uma metáfora, desta vez, mais pelo lado literal da coisa do que o eu lírico. Não vejo, repito, relevância alguma nesse plot, mesmo que, vejamos por uma fonte de que a tensão emocional, envolvendo Carrie nessa empreitada, a mesma Carrie que no fundo quer que Brody volte para viver uma vida com ela, com seu filho, uma vida convencional. A mesma Carrie que não deixou seu sentimentalismo adentrar suas cenas para com Brody. Essa mesma Carrie que mostrou ser volátil e manipuladora, que usou de Dana para convencer Brody a aceitar o plano da CIA, de Saul.

 

Gostei também de ver Saul pechinchando com Lockhart, seu plano para com Brody e Javadi. Era claro que Saul não conseguiria fazer todo seu plano em 6 dias e ver a série resolvendo esse problema de uma forma tão simples foi legal de ver.
Para finalizar, a série conseguiu sair da zona de conforto e limitar-se à posição de Carrie e Brody: Amor eterno. As cenas dos dois juntos foram frias, calmas e articuladas. Todas em pról de um bem maior, algo que os dois não estão capazes de solucionar sozinhos. Fica claro que essa temporada seja para terminar o que Carrie começou. Terminar o que Brody começou lá na S01. Brody é ou não é convertido? Uma pergunta antiga mas ainda assim, não 100% respondida. Brody volte à sua casa em que ficou 8 anos. É hora de decidir.

 

Por Felipe Matarazzo - @porraled

Layout por Pamella Melo

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