

5.07- Puppet Master
Como uma série, que vinha melhorando o seu ritmo, consegue fazer uma burrada como essas? Não tem como começar a matéria sem citar isso. Sou gleek e estarei do lado da série até o final. Mas é insuportável você ver que as coisas não estão indo bem. Os dois últimos episódios, que abordaram assuntos já discutidos, conseguiram deixar Glee em um ritmo predefinido. Era só seguir a linha. Claro que isso não quer dizer que só deveria abordar aqueles mesmos assuntos, mas a história deveria serpentear aquele caminho.
Esse é aquele clássico episódio que parece ser escrito nas pressas só pra preencher a grade, minha opinião. Um episódio sem lógica alguma e com contradições. Isso não quer dizer que todo episódio foi ruim. Tivemos partes que foram sensacionais e que preenchem lacunas nas vidas dos personagens. Mas ainda assim, estou muito chateado com os escritores, principalmente com o homem da boina amarela.
Qual a lógica e o argumento plausível de Blaine querer ser o novo líder do coral. Ainda bem que não faço parte, porque se fizesse, meus sentimentos e minhas ações seriam piores do que o dos personagens. Não quer dizer que eu não goste do personagem, até porque os solos do mesmo são impecáveis. Mas até o momento ele se acha melhor que Rachel por participar e vencer diversos campeonatos. Ok, mas no glee club você só venceu um. Então você ta de igual para igual com Artie e Tina, que são do quinteto original. Sem mais.
Os momentos puppets foram até engraçados no começo, não nego, mas em certo ponto perdeu sentido. Blaine os enxerga, primeiramente, devido ao vazamento de gás que há na sala do coral. Mesmo ele estando revoltado por ninguém “acatar as suas ordens” não é motivo para um adolescente criar cenas imaginárias em que todos concordam com suas decisões. Que mundo seria esse? Só o mundo de Blaine.
Quesito Jarley ainda está na mesma. Uma das poucas histórias que salvaram o episódio. E até aqui, a bitch 3.0 está começando a ficar boazinha. Aparentemente Bree quer exclusividade com Jake, mas ele é um Puckerman é seu instinto ter várias garotas. Por favor, pare com seu melodrama e foque-se no seu objetivo: ser inimiga do clube do coral.
Depois dessa chuva de críticas sobre o episódio vêm as histórias que salvaram o mesmo: New York City e Sue Sylvester. Minto mesmo no núcleo de NYC tenho há um ponto negativo, que pelo amor de tudo que é mais sagrado, precisa ser concertado.
Como disse na review do episódio Tina in the Sky With Diamonds, quando soube que a séries estaria convidando dois nomes de peso para fazerem participações durante a temporada, critiquei e muito. Afinal é como se os atores não tivessem a capacidade de fazer uma boa temporada. Isso pode soar erroneamente em alguns ouvidos, mas no nível em que Glee se encontra hoje, que não é nada agradável, é a única coisa a se pensar. Mas você convida dois atores/cantores pra temporada e simplesmente deixa um de lado, é uma falta de respeito com o personagem. Afinal, eles estão fazendo uma participação, então explorem o máximo que de pra explorar, para dar história à série.
Estou falando diretamente sobre Dani. Não sou lovatic, para esclarecimentos, mas sei reconhecer quando alguém tem talento, mesmo que venha dos estúdios Disney. Demi Lovato tem uma voz potente e sabe atuar. A personagem está simplesmente deixada de lado. Nem exploram o lado histórico do personagem – de onde vem, qual as dificuldades que passou, as semelhanças com outros personagens – nem dão um devido destaque quando o mesmo está em cena. Como assim? Simplesmente ela entrou pra fazer um casal romântico com Santana (que também está ficando para trás) e quando aparece no show da banda toca teclado. Desperdiçar aquela voz colocando ela no teclado? Indignado.
Agora vamos falar de Pamela Lansbury. Sinceramente, Apocalipsticks seria o nome ideal. Tinha que ser ideia de Santana. Mas infelizmente foi vetado, e ficamos com Pamela Lansbury. Enfim, a banda finalmente conseguiu um show, aplaudam de pé! Todo mundo sabe que show de estreia tem que arrasar, explodir, arrastar quarteirões, vários e vários comentários nas redes sociais, porque se não a banda morre, ou fica perto disso. O sonho de como seria o primeiro show, foi, sem dúvida alguma, perfeito. Mas como a vida difere dos sonhos, apenas uma pessoa comparece ao show. Fracasso total? Não. Literalmente a banda nasceu com a face virada para lua. A única pessoa que apareceu, gostou, indicou pro sobrinho que trabalhar em um local de nome, que contratou a banda para um show. Até prevejo de que eles irão arrasar, e irão ficar só tocando naquele local, até fazer um mega show. Pode ser que esteja errado, mas é bem a cara de Glee que isso aconteça. Torçamos que não.
Ohio ganha destaque pelo lado feminino de Sue. Como? Desde quando eu me conheço de gente, só vejo Sue com o fardamento de coach (possa ser que tenha me esquecido de algum momento). Mas nada como uma paixão mude a pessoa. Para primeiro de história, sou contra de que você tenha que mudar para conquistar alguém. Se uma pessoa lhe ama ou gosta de você, vai gostar do jeito que você é. De uma maneira rude, a personagem descobre isso. O superintendente a vê como homem, mas ela tem uma leve queda por ele. Por isso, coloca seu lado feminino pra fora, na tentativa de conquistá-lo, mas não da certo.
É aquilo né: toda temporada de qualquer série tem que ter um episódio filler. Não adianta fugir, porque no fim das contas ele lhe acha. Esperemos que o próximo episódio não seja assim, oremos, e fiquemos com a promo de Previously Unaried Christmas aqui.

Episódio “Desnececyrus”
Por Alex Fonseca - @soucx